Devo dizer antes de mais, que como é evidente rejubilo-me com a presença de Portugal no Mundial da África do Sul em 2010! É óptimo que marquemos mais uma presença em mundiais (que não são muitas) e sendo Português e gostando de Futebol, nada me põe mais contente! Força Portugal! Dito isto, devo dizer que esta qualificação roçou o ridículo em certas alturas, num grupo descomplicado. Devemos aliás agradecer à Dinamarca pelo apuramento, pois a 2 jogos do fim da qualificação com Portugal em 3º lugar no grupo, fez questão de derrotar fora a Suécia por 1-0 aos 80 minutos, beneficiando Portugal que ao subir para 2º e ganhando o último jogo, permitiu a passagem aos Playoffs. Portugal nunca demonstrou ter um futebol de grande qualidade, mas pior ainda, nunca demonstrou ter uma competitividade ao nível de um campeonato do mundo. E este é um ponto interessante de se discutir. Vejo hoje e há muito tempo já, os mais acérrimos críticos de Luiz Filipe Scolari calados perante a confusão que é a Seleção nos dias que correm. A crítica de que Scolari formava um grupo, em que poucos seriam os eleitos que nele entravam, foi trocada pela ideia de uma Seleção em que qualquer jogador por pior que seja no seu global, pode entrar. A ideia de continuidade foi trocada pela ideia do momento. Os resultados, foram trocados pelas contas na velha matemática que os portugueses já tinham esquecido. Scolari, criticado imensamente pela convocação de jogadores que ou não jogavam ou não tinham clube, foi trocado por um treinador que faz o mesmo e que passa incólume na onda das críticas de alguns supostos entendidos que estão ao nível de Rui Santos. Paulo Ferreira que não é convocado no seu clube, a descoberta aos 30 anos e para o últimos 2 jogos apenas de Pedro Mendes, Nuno Assis, Edinho, César Peixoto, Fábio Coentrão ou até mesmo Hilário são alguns exemplos do delírio de Carlos Queiroz. Os que dirão: Não faz sentido a comparação entre Queiroz e Scolari. Para estes apenas refiro que foi o próprio Queiroz que deu aso à crítica comparativa quando era treinador adjunto do Manchester United, quando deliberadamente criticou as opções de Scolari, que levou a que ainda hoje o brasileiro lhe tenha fechado as portas de qualquer reconciliação. Alguns terão memória curta, não eu. Portugal tem um grupo de Bons jogadores, que aliás sempre teve nas suas mais variadas gerações! Mas nunca uma grande equipa internacional, apenas se aproximando a Seleção de Eusébio e a Seleção de Scolari. O nacionalismo exacerbado, e uma discussão inconsequente sobre Vitor Baía ditaram inimizades e argumentos a toda a prova. Pois bem, aqui estamos, expectantes de observar o que fará esta Seleção de Queiroz e dos seus pupilos Anti-Scolaris com Rui Santos na linha da frente. Sem Playoff e com apuramento directo, Scolari foi bombardeado; Queiroz a jogar mal contra uma Bósnia desconhecida é aplaudido efusivamente. Até perder.